Mulheres e motor(es)
Desde pequenina na garupa do meu pai, me apaixonei pela liberdade de andar de moto. Hoje tenho certeza que a única coisa melhor que andar de moto é andar de moto sem capacete. Não sugiro, claro, que façam isso por aí pelo trânsito, nem costumo praticar tal estripulia, mas nada como o vento batendo no rosto e todo o poder da velocidade às suas mãos com a sensação de estar prestes a voar.
title='Mulheres e motor(es)'/>Mãe?
Tenho, diante de mim, a oportunidade de, mais uma vez, fazer as coisas de um modo diferente. A partir de uma sociabilidade em que eu acredito, um tanto estranha e alheia à que eu tive, a partir de outros valores calcados na solidariedade, no amor, na partilha, na luta pela vida e alegria, a partir de uma nova compreensão do que é família.
title='Por que reivindicar o direito ao corpo na Marcha das Vadias?'/>Ensaio fotográfico feminismo na UnB
Júlia Zamboni apresenta o resultado de um ensaio fotográfico feito com feministas na Universidade de Brasília
title='Ensaio fotográfico feminista na UnB'/>Por que reivindicar o direito ao corpo na Marcha das Vadias?
O corpo não é um pedaço de carne, nem um pedaço de gente, não é uma parte, mas o todo. Não queremos discursos e imposições sobre nossos corpos. Estes, portanto, não devem ser moldados, regrados, estereotipados, objetificados. Então, nos despimos para nos apropriarmos dos nossos corpos. Somos contra a nudez mercantilizada, a venda dos corpos. Mas, lutamos pelo direito a nos desnudarmos sem que isso justifique qualquer forma de violência a nossos corpos.
Mexeu com uma, mexeu com todas!
A princípio, o propósito dessa coluna era trazer narrativas e exemplos de mulheres de todo o mundo que nos inspiram a sermos cada vez mais audaciosas. Mas dessa vez, vim falar de uma mulher que é uma vergonha para todas as demais companheiras espanholas que estão lutando por uma sociedade mais justa.
quinta-feira, 21 de março de 2013
Para a Indomável sonhadora
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Sexo: fazendo o fim do mundo mais prazeroso
O orgasmo mental vem por Mercúrio, e o orgasmo emocional pela Lua, o princípio reativo. A Lua, além de agregar emoção ao encontro, retém a lembrança do que foi experimentado, e nutre o Ser com o gostinho de se ter conseguido expressar a função primitiva da procriação. Mas, até chegar a Mercúrio, outros elementos se apresentam no caminho.
Netuno traz a fantasia sexual, uma espécie de filminho mental que criamos e que serve para nos colocar em contato com o nosso inconsciente. A imaginação, a ilusão, o sonho netuniano age como amortecedor dessa imensa energia. Damos forma, propriedade, um fim para ela e a canalisamos para o que desejamos.
Urano simboliza o magnetismo sexual. Se temos a energia - Plutão, e a canalisamos - Netuno, agora buscamos um parceiro ou parceira para expressá-la. Aí entra Urano. Um Urano "forte", no mapa natal, faz com que pessoas menos bonitas tenham maior poder de atração do que pessoas bonitas, mas com um Urano "fraco". Um Sol "forte", bem aspectado e integrado na psique, também pode ajudar nesse magnetismo.
Gosta de música, de sexo e de outras atividades não muito banais. Voraz, cultiva fantasias e não tem medo de realizar seus desejos.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Resistência
Mas ela tem mesmo?
"É o pai do seu filho", lhe dizem.
É. É o pai do seu filho...
Mas voltemos à participação na gestação... Pra permitir esse acompanhamento da gravidez o contato é inevitável, já que não há como ser intermediado por um terceiro. É saudável esse acompanhamento pra se gere o vinculo pai/filho/a, dizem. É, é verdade, mas desde que a mulher que gera se sinta bem com esse contato.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Como uma xícara muito bem quebrada...
Algumas relações machucam a gente tão profundamente
Que são iguais a uma xícara que se quebra em muitos pedaços
Mas em tantos pedaços
Mas tão bem quebrada
Que é impossível colá-la de novo e fazer com que volte a ser uma xícara
Por melhor que seja a cola
Por mais exímio e perspicaz que seja o artesão
Fica sempre uma fissura irremediável
E o que quer que você coloque dentro
Vaza...
Fico aqui com medo dos sorrisos amarelos que vou dar
Fico aqui com várias voltas na barriga
Matigações do intestino
Frios na espinha
E revivendo as lágrimas roladas
A dor vivida
Que se mostra tão presente
As feridas estando ainda tão abertas
O tempo passou
As coisas mudaram
Eu não fui derrubada de novo, pelo contrário, agem de forma a estender tapetes por onde eu vá caminhar
Mas eu manco, porque caí e da queda ainda doem os ossos
Perdeu-se um algo, se teve que sufocar um algo que não se retoma
Se suporta, mas não se cura
Então não adiantam os tapetes vermelhos
Estou como uma xícara muito bem quebrada que tenta se remendar
E não posso dar mais a você do que um sorriso amarelo que pode até dizer um leve brisa de alegria pela mudança de comportamento que deveria estar presente desde o princípio, mas que vem faz tremer o rosto com qualquer coisa de medo, de nervoso, de dor e de vergonha."
sábado, 27 de outubro de 2012
MULHERES e MOTOr(eS)
Foto: Paulo Ito, no Flickr, em CC (alguns direitos reservados). |
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Por que temos necessidade de amar alguém?
Foto: Artamir, no Flickr, em CC (alguns direitos reservados). |
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Mãe...
Hoje eu disse sim pra você, mas um sim de um jeito muito forte, sabe? Um sim pro nosso futuro. Disse porque não haveria nada mais a dizer que esse sim, porque eu já tinha ultrapassado a linha que desde o começo se mostrava tão tênue, de um jeito que não dava mais pra voltar. Não. Não seria mais eu porque você, projeto de pessoinha, já faz parte de mim. O biológico já se fez poesia e canção, já se fez sentimento e amor. Você vem e mexe com o meu corpo, acaba com o meu equilíbrio e me deixa tonta... E ao invés de me sentir incomodada... eu... gosto.
Diana Melo. Foto de Jon Galvão/Arquivo Pessoal |
Mãe?
Tenho, diante de mim, a oportunidade de, mais uma vez, fazer as coisas de um modo diferente. A partir de uma sociabilidade em que eu acredito, um tanto estranha e alheia à que eu tive, a partir de outros valores calcados na solidariedade, no amor, na partilha, na luta pela vida e alegria, a partir de uma nova compreensão do que é família.
Foto: Arquivo pessoal |
Ou não, a oportunidade pode vir enquanto um grande desafio, quem sabe intransponível... porque sei o quanto uma nova realidade pode atuar enquanto reconfigurante de estradas e o quanto a minha energia que hoje está tomada de tarefas importantes, de coisas que dependem de minhas mãos, minha fala, meus gestos e sedução pra acontecerem podem ser completamente redimensionadas e eu posso me perder no meio desse novo papel que eu vou assumir.
E o meu existir transviado, como vai sobreviver a isso tudo? Minha liberdade, minha nudez, minha cara ao vento, meu ser sendo vento. E fogo. Meus sorrisos sacanas. O sexo compartilhado, o desbunde pro mundo... Como? O que serei eu depois disso?
Foto: Arquivo pessoal |
Como será uma mãe que é vento e fogo ao mesmo tempo?
O que é que eu vou aprontar nesse mundo?
Uma mãe que é vento e tempestade